Com inspiração num antigo dito popular, começamos este post perguntando:
Se quem canta seus males espanta,
será que o mesmo acontece com quem dança?
A resposta é: Sim! E a justificativa é comprovada cientificamente. A prática de qualquer atividade física, incluindo a dança, faz com que o cérebro libere serotonina, neurotransmissor que está por trás de sensações de bem-estar e relaxamento. Em baixa concentração, a pessoa sente ansiedade e depressão.
A liberação de serotonina melhora o humor e a qualidade do sono, assim como também atua como regulador do apetite, do ritmo cardíaco e da temperatura corporal. Chega até a causar impacto positivo nas funções intelectuais.
Além disso, segundo a psicóloga portuguesa Marta Martins, “dançar duas vezes por semana pode reduzir significativamente os níveis de cortisol”. Trata-se de um hormônio que ajuda a controlar o estresse, além de reduzir inflamações, fortalecer o sistema imune, regular os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial.
“Para quem anda frequentemente tenso e estressado, a dança pode ser muito benéfica para que se sinta mais relaxado e feliz”, escreveu a psicóloga no site Atlas da Saúde, de Portugal.
Diferente de tantas pesquisas que exaltam os benefícios da dança para quem sofre de algum transtorno ligado à mente, um recente estudo apontou outra faceta benéfica das atividades físicas, novamente incluindo aí a dança.
Dançar também evita a depressão
O estudo, feito pela Universidade La Salle (UniLaSalle), com sede em Canoas (RS), com 265 mil pessoas de 20 países diferentes, revelou que a prática reduz o risco de a pessoa saudável sofrer de depressão no futuro. Por isso, independente de sua situação atual, apenas dance.
O melhor de tudo é que dançar está totalmente acessível para qualquer pessoa e dispensa qualquer ferramenta, basta colocar uma música para tocar e se deixar levar. Como diz a música Dançando, num dueto de Ivete Sangalo e Shakira:
Como se fosse o mar
Eu deixo me levar
O ritmo me consome
Vive em meu abdômen
Não pare de bailar
Sinta essa vibração
Use a sensualidade
Na batida da canção
Para dançar, não há restrições quanto à idade ou à agilidade, e pode ser praticada até mesmo por quem mantém o distanciamento social, em razão da pandemia de Covid-10.
São tantos os ritmos e estilos… basta escolher! Do samba ao rock, passando pelo hip-hop, salsa, flamenco, zumba e balé, só para citar alguns.
Se ainda resiste à ideia, que tal se inspirar em filmes, tentando reproduzir os passos das belas coreografias apresentadas neles? Sugerimos alguns títulos para seu deleite:
- Os Embalos de Sábado à Noite (1977) – John Travolta arrasa em coreografias nos anos de ouro das discotecas.
- Flashdance (1983) – Conta a história de uma soldadora de dia e dançarina exótica de noite, que sonha entrar numa tradicional companhia de dança.
- Dirty Dancing – Ritmo Quente (1987) – Drama romântico com Patrick Swayze no papel de um instrutor de dança em um resort.
- No Ritmo da Dança (1998) – Mais um drama romântico recheado de ensaios, diferentes estilos musicais e coreografias de cair o queixo. A protagonista é a bela Wanessa Williams.
- Vamos Dançar? (2004) – Esta comédia romântica conta a história de um advogado, interpretado por Richard Gere, que entra num estúdio de dança, atraído pela beleza de Jennifer Lopez, descobrindo ali uma paixão, mas pela dança.
- Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo (2018) – Ao som da antiga banda sueca Abba, este filme – continuação do musical Mamma Mia! de 2008 – é recheado de coreografias envolvendo todo o elenco. Ele garante momentos leves e tira muitas risadas do espectador.
- Descendentes (2015, 2017 e 2019) – Filme original do Disney Channel, que já teve duas continuações, é indicado para toda a família. O mais interessante aqui é por conta de uma iniciativa da Disney em disponibilizar espécie de aulas em vídeo (https://disney.com.br/disney-momentos-magicos/coreografias-para-dancar-em-casa) que ensinam passo a passo algumas coreografias de Descendentes, assim como de outras das animações Vampirina (2017) e Nivis – Amigos de Outro Mundo (2019). Uma ótima pedida para dançar com as crianças.
Todos os benefícios da dança a tornam uma forte aliada no combate à depressão. Mas atenção: ela não é substituta à terapia e nem aos medicamentos prescritos pelo médico.
Então, com ou sem depressão, o que está esperando? Ponha um “som na caixa” e remexa o corpo no ritmo da música. Experimente e confira se dançar ajuda ou não a espantar seus males, e com eles também a depressão.
Fontes:
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-beneficios-da-danca-para-saude-mental
https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/beneficios-da-danca-para-o-corpo