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A relação da terceira idade e a saúde mental

Uma das grandes discussões nos dias de hoje é sobre a saúde mental na terceira idade. Com o aumento da expectativa de vida, fica mais evidente a necessidade de darmos atenção não só à saúde física, mas também à saúde mental, com o objetivo de garantir a longevidade com boa qualidade de vida.

Mas afinal o que é saúde mental? Segundo a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, é a forma como reagimos a tudo o que acontece na nossa vida e como harmonizamos nossas ideias e emoções, tanto as boas quanto as ruins.

Com uma boa saúde mental, atingimos a sensação de bem-estar e harmonia; conseguimos agir de forma positiva diante de adversidades e conflitos; reconhecemos e respeitamos nossos limites e deficiências. Ou seja, há satisfação em viver, em compartilhar e em se relacionar com as outras pessoas.

Quando não é assim, ainda de acordo com o Einstein, há um desequilíbrio emocional, o que facilita o surgimento de transtornos mentais.

Transtornos mentais na terceira idade

Uma pesquisa realizada pela Revista Cadernos de Saúde Pública e republicada parcialmente pela Fiocruz em 2008, junto a 1.428 idosos, apontou que 29,7% deles apresentaram algum transtorno, com maior prevalência em mulheres e na faixa etária acima dos 80 anos. Os sintomas mais frequentes apontaram para ansiedade e depressão.

Além dessas, outras doenças relacionadas ao cérebro podem surgir na terceira idade. Uma delas é a demência, uma das principais responsáveis pela perda de autonomia e independência.

Mas veja: episódios de esquecimento, de dificuldades em lembrar o nome de uma pessoa ou de um lugar ou, ainda, onde guardou um objeto nem sempre são sinais de demência. Como o envelhecimento degenera os neurônios é natural enfraquecer a memória.

Outro problema comum nas pessoas com mais de 80 anos é o Mal de Alzheimer, que afeta o raciocínio, a memória, a compreensão, a concentração e a capacidade de aprendizado.

Os fatores que mais abalam a saúde mental dos idosos são sua saúde física principalmente quando causa incapacidades e/ou morbidades; eventos estressantes; isolamento social; e dificuldades financeiras.

Muitas dessas causas podem ser amenizadas por familiares, amigos e cuidadores. Entre as iniciativas estão: garantir que os tratamentos médicos necessários estão sendo seguidos à risca; estar frequentemente presente dando atenção de verdade às pessoas da terceira idade; ajudar, dentro do possível, as questões financeiras.

Fique alerta aos sinais!

1.      Crises de humor depressivo. A pessoa fica instável emocionalmente, com sentimentos de baixa autoestima e autodepreciação. Quando isso é duradouro, merece atenção.

2.      Perda da memória. Episódios de esquecimento do idoso são normais até um determinado nível. O idoso pode se esquecer de episódios recentes, mas lembra-se perfeitamente de acontecimentos do passado. É sinal de alerta quando a perda de memória prejudica a autonomia da pessoa.

3.      Confusão mental. Aqui o idoso tem dificuldade de se focar numa conversa ou numa atividade. Merece investigar quando ocorre perda de memória e de concentração, além de irritação e agressividade.

4.      Desorientação. Apesar de estar ligado à percepção do ambiente, o idoso também fica desorientado pela dificuldade em reconhecer pessoas, mesmo as que estão muito presentes no seu dia a dia.

Nesses casos – e quando há dúvidas – busque a ajuda de um profissional da área médica. Quando um tratamento é necessário, trará maior segurança e melhor qualidade de vida para o paciente da terceira idade.

Como retardar o envelhecimento do cérebro

Naturalmente, a partir dos 50 anos de vida, a massa cerebral vai sendo reduzida ano após ano. A densidade dos neurônios também diminui, além de ocorrer várias outras alterações fisiológicas. Não tem como impedir esse envelhecimento, mas o processo pode ser desacelerado, quando a pessoa mantém certos hábitos no dia a dia.

·         Atividades físicas regulares

·         Alimentação balanceada e rica em nutrientes, sem consumir em excesso açúcar, sal, frituras

·         Alta hidratação, bebendo muita água diariamente

·         Atividades de aprendizado, para manter o cérebro ativo, como leituras, palavras cruzadas, cursos de idiomas, aprender a tocar instrumentos musicais etc.

·         Noites bem dormidas, com sono tranquilo e saudável

·         Atividades de relaxamento, como meditação

·         Socialização, procurando frequentar algum centro para terceira idade, visitar e receber parentes e amigos, estar conectado mesmo que virtualmente às pessoas queridas

·         Higiene pessoal e cuidados com a aparência, os quais elevam a autoestima

Além disso, deve-se evitar o consumo de drogas e de álcool em excesso. E, sempre que possível, evitar situações que causem estresse.

Também é importante não deixar de fazer os tratamentos recomendados pelos médicos para condições ou doenças existentes. Quando a saúde física não está bem acaba impactando na saúde mental.

Ter uma vida longa é a grande aspiração de todos, mas tem que ter uma boa qualidade de vida, concorda? O envelhecimento é inevitável, entretanto, é possível chegar lá saudável e feliz.

Fontes:
www.abc.med.br/p/vida-saudavel/1324773/envelhecimento+cerebral+normal+ou+patologico+ha+como+evitar+o+envelhecimento+do+cerebro.htm
www.einstein.br/saudemental#:~:text=N%C3%A3o%20existe%2C%20por%C3%A9m%2C%20uma%20defini%C3%A7%C3%A3o,harmoniza%20suas%20ideias%20e%20emo%C3%A7%C3%B5es.
www.portal.fiocruz.br/noticia/artigo-chama-atencao-para-transtorno-mental-comum-na-populacao-idosa
www.hospitalsantamonica.com.br/saude-mental-na-terceira-idade-conheca-principais-sinais-de-alerta/

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